quarta-feira, 13 de março de 2013


Os símbolos pascais

A Páscoa, tal como o Natal, é uma festa Cristã. Os cristãos celebram o nascimento de Jesus ou Encarnação de Deus, anualmente, no dia 25 de Dezembro. Queira ou não, todo aquele que festeja o Natal está a celebrar o nascimento de um bebé aqui há uns dois milénios, um bebé que é Deus, filho de Deus e que se fez carne. Celebrar o Natal e fazer profissão de Fé no nome de Jesus e na sua divindade.
Do mesmo modo, a Páscoa é o tempo durante o qual os cristãos fazem memória, festejam, celebram a Ressurreição de Jesus, em Jerusalém, depois de ter sido torturado, assassinado e sepultado. Quem celebra a Páscoa faz profissão de Fé em Cristo e na Ressurreição dos mortos.
Vivemos muito com símbolos, nuns casos eles fazem presente o que está ausente, noutros casos ajudam a viver aquilo que simbolizam.
Há símbolos de Páscoa que estão directamente relacionados com a Ressurreição do Senhor: a cruz que por ter sido vencida surge simbolizada florida, colorida, empunhada pelo ressuscitado com aquela bandeira branca e vermelha, o sepulcro vazio, o Senhor com os discípulos de Emaús, o Pão e o Vinho da Ceia, luz como símbolo de Cristo (círio pascal), o branco.
Há outros símbolos que têm sido adicionados pela tradição popular e que surgem como o lado profano da devoção. Em relação ao Natal há situações praticamente irreconciliáveis com a Fé. Lembro a «magia do Natal», tão querida da filmografia norte-americana, e todas as que se relacionam puramente com o consumismo, o despesismo e o folclore enquanto omitem deliberadamente a única pessoa que interessa para a questão porque é dela que derivam todos os festejos de Natal: Jesus, filho de Maria e José, Deus Palavra de Deus. O pinheiro singelamente ornamentado e olhado como símbolo da vida que nasce, no Presépio em Belém e no solstício de Inverno é sem dificuldade assimilado pela Fé Cristã.
Porém, que dizer dos ovos de Páscoa, dos coelhos de Páscoa, dos pintainhos de Páscoa?
Na vivência cristã e na formação das crianças, estes símbolos não substituem os que estão relacionados com a ressurreição e a que atrás fizemos referência. Mas podem, julgo mesmo que devem, ser encarados na perspectiva cristã e explicados nessa mesma perspectiva.
A Páscoa é a Ressurreição de Jesus e a promessa da ressurreição de todas as pessoas, é uma vida nova. Que melhor símbolo para a vida, para uma vida nova, uma nova Criação que o ovo ou o pintainho que sai do ovo! E o coelho animal que se reproduz a uma velocidade fantástica, símbolo da fecundidade de Jesus, Palavra de Deus.
É conveniente enfrentar símbolos pagãos que desvirtuam a Fé cristã, em especial as pessoas menos esclarecidas e as crianças. Por outro lado, aceitemos e cristianizemos os símbolos que simbolizam verdadeiramente a nossa Fé.

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