terça-feira, 3 de junho de 2014

É mais conveniente ter um cão e dois gatos que um filho


Na segunda-feira 2 de Junho de 2014 o papa Francisco celebrou com 15 casais que festejavam o seu aniversário de casamento, na capela de Santa Marta.

O papa referiu os três amores de Jesus.
O primeiro amor de Jesus vai para o Pai, na unidade do Espírito Santo.
O segundo grande amor de Jesus vai para a sua mãe. O seu último alento foi para ela: Cuida dela, João!
O terceiro amor de Jesus vai para a Igreja. Na sua infidelidade, Jesus ama-a profundamente.
Depois o papa citou São Paulo para relacionar o amor de Jesus à Igreja como modelo do amor entre os esposos, dirigindo-se, através daqueles quinze casais a todos os casais.
O amor entre casais como entre Jesus e a Igreja tem três características: verdadeiro, perseverante (nunca se cansa de amar) e frutífero, fecundo.
Antes de mais, o amor é fiel. Jesus é o fiel. Fidelidade é o amor de Jesus. Essa fidelidade é como uma luz sobre o casamento: a fidelidade no amor, sempre. Há maus momentos, tantas vezes vós lutais. Mas no final voltais, pede-se perdão e o amor matrimonial prossegue, como o amor de Jesus com a Igreja.
A vida matrimonial é, pois, um amor perseverante, porque precisa dessa determinação para ir em frente. É preciso perseverança nos momentos bons e nos difíceis, quando há problemas com os filhos, problemas económicos. Mas o amor persevera sempre, em frente, tentando resolver as coisas para salvar a família. Homens e mulheres que se levantam todas as manhãs para continuar a família.
A fertilidade é a terceira parte do amor de Jesus para com a sua noiva, a Igreja. Este amor fecundo revela-se com as novas crianças baptizados. E a Igreja cresce com essa fertilidade nupcial do amor de Jesus. Mas, às vezes, o Senhor não envia crianças; outras vezes, a criança adoece, tantos problemas. É nestes momentos que é preciso olhar para Jesus, porque estas provas fazem crescer o amor, se se olha para Jesus e na fecundidade do seu amor pela Igreja.
Jesus não gosta desses casamentos que não querem filhos, que querem permanecer sem fertilidade. Eles são o produto da cultura do bem-estar, segundo a qual "é melhor não ter filhos, porque se pode ir viajar pelo mundo sempre em férias, pode-se ter uma casa no campo e nunca ter preocupações. É uma cultura que sugere que "é mais conveniente ter um cão e dois gatos ", assim " o amor vai para o pequeno cão e os dois gatos. " Mas ao fazê-lo, no final deste casamento vem a velhice na solidão, com a amargura da solidão ruim: não é fértil, não faz o que Jesus faz com a sua Igreja.
O Papa rezou pelos casais que pedem ao Senhor que o seu casamento seja lindo, com cruzes, mas bonito, como a de Jesus com os fiéis da Igreja, perseverante e fecunda.

Tradução e adaptação livre de Orlando e Carvalho



2 comentários:

  1. Em referência ao texto do S. Padre, veio ao meu pensamento o Evangelho das Bem Aventuranças e o seu decálogo para ser vivido no dia a dia do casal e a descoberta de viverem à maneira de Jesus Cristo, ou seja: o maior é sempre aquele que serve. «Sem aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disseram todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa»

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