sábado, 30 de abril de 2016


Ontem à noite, a discussão entre catequistas era para responder à questão:
- Que mudanças implica na nossa forma de fazer catequese a preocupação de formar discípulos missionários.
Como referi então, que bom seria se todos os bispos tivessem sido catequistas paroquiais!
Hoje de manhã, estive com crianças que dentro de dias receberão o baptismo e comungarão pela primeira vez.
Em dado momento, coloquei-lhes o cenário seguinte.
Todos os anos há meninos e meninas, como vós, que levo à comunhão. Não obstante as nossas conversas, há sempre quem suba a igreja e comungue e volte para o lugar. Por vezes, ajoelham-se durante três segundos e levantam-se logo a conversar com o colega do lado. Poderão eles ter saboreado o Corpo de Jesus? Outros há para quem o dia da Primeira Comunhão é o último dia de catequese. Quando não também o de missa, até haver algum casamento ou baptizado! A medo perguntei, a medo porque as respostas das crianças podem ser muito embaraçosas:
- Que acham que andaram a fazer na catequese essas meninas e esses meninos? E nós catequistas que, com tanto gosto, gastamos tanto tempo convosco, empregámos bem o nosso tempo?
As crianças atropelaram-se nas respostas. Todas queriam marcar a opinião de que aqueles que passam pela catequese só para receber a comunhão, nada vão lá fazer. Melhor fora que não tivesse ido. Que não querem ser assim, querem a catequese pela catequese.
Graças a Deus. A resposta à questão que na véspera fora colocada aos catequistas estava respondida. Não com argumentos teológicos, sociológicos, nem tão pouco pedagógicos. Era vivência pura. Alguém do Alto inspirava aquelas palavras e nós catequistas ficávamos maravilhados a escutá-las.

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