quarta-feira, 20 de abril de 2016

Política dentro da Cúria Romana


O Papa João Paulo II mandou pela instrução Sanctorum Mate, em 17 de Maio de 2007, que a língua portuguesa fosse incluída entre as línguas de trabalho na Congregação para a Causa dos Santos. E tinha já nomeado em 1988 o  Cardeal José Saraiva Martins perfeito desta Congregação. 
Como acontece desde há séculos, há sempre na Santa Sé quem tema a influência portuguesa, nomeadamente Espanha. Não sabemos a quem estaremos agora a incomodar, mas a alguém deve ser. Os eminentíssimos cardeais desta Congregação, ou outros, querem excluir o português dos trabalhos, alegando que se trata de uma língua dificílima. Mas não se queixam do latim, do castelhano ou do italiano.
A Conferência Episcopal Portuguesa já conversou sobre o assunto e deliberou fazer pressão para que a nossa língua não seja excluída, até porque isso obrigará a traduzir para uma das outras línguas todos os volumes e processos das causas de portugueses, brasileiros... E ficarão a ganhar os espanhóis e seus co-falantes.
Nós e os nossos bispos parecemos não ter jeito para fazer os nossos pontos de vista, nem falando alto, nem usando a diplomacia. Sempre baixinhos e subservientes.

2 comentários:

  1. Totalmente de acordo. Os governantes não só não zelam pela língua como estão a impor o seu abastardamento.

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