terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A maior igreja de Portugal




1147, 15 de Março

Conquista de Santarém por D. Afonso Henriques. Três dias antes, o nosso rei prometera, em caso de vitória, fazer doação à Ordem de Cister, daquelas terras até ao mar e fundar um mosteiro.


1222
Mosteiro de Alcobaça

Ano da consagração do Mosteiro de Alcobaça, Real Abadia de Santa Maria, para cumprimento do voto de D. Afonso Henriques, em Santarém, em 1147, e após 44 anos de construção. Alcobaça dista apenas 30 km, para ocidente, de Fátima! A igreja deste mosteiro mantém-se como a maior de Portugal.
 
In Curriculo de Nossa Senhora, Orlando de Carvalho

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Crianças abandonadas pela família





Corria o ano de 2007. Rajib Thomas, um habitante de Mumbai, na Índia, encontrou uma menina seropositiva, na entrada de um hospital, onde fora abandonada pela família por causa da sua doença. A criança estava com ar de esfomeada e Rajib ofereceu-lhe ajuda. A menina pediu novelos de massa, mas o homem não encontrou na zona e prometeu voltar no dia seguinte com o manjar pedido. E voltou, mas a menina tinha morrido nessa noite.  
Comovido, Rajib, falou com a esposa, Mini Reji, e o casal, que tinha dois filhos, dispôs-se a aceitar crianças com VIH abandonadas pela família. Começou com dois bebés e com dificuldades de espaço e monetárias. Mas a pouco e pouco, começaram a chegar mais crianças e os vizinhos e amigos começaram a ajudar com colchões, alimentos e dinheiro.
As crianças tratam o homem por Papá Reji e são já 20!
O benfeitor afirma que não está a fazer nada de especial. Se as crianças o tratam por papá, a obrigação de um pai é cuidar dos seus filhos.



Aos famintos enche-os de bens, e despede os ricos de mãos vazias. (Lucas 1,53)



Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: "Vinde vós, os abençoados por meu Pai. Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo. Pois estava com fome, e destes-Me de comer; estava com sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e recebestes-Me na vossa casa; estava sem roupa, e vestistes-Me; estava doente, e cuidastes de Mim; estava na prisão, e fostes visitar-Me". Então os justos perguntar-Lhe-ão: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e te fomos visitar?" Então o Rei responder-lhes-á: "Eu vos garanto: todas as vezes que fizestes isto a um dos menores dos meus irmãos, foi a Mim que o fizestes". (Mateus 25,34-40)


Fontes: metro.com-uk
 




quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Reflexão sobre o Conselho Pastoral Paroquial como órgão de corresponsabilidade na Paróquia (II)


 Continuamos a reflexão sobre corresponsabilidade na paróquia. O texto de hoje foi lido em reunião plenária de um Conselho Pastoral e as únicas alterações que sofreu referem-se à eliminação de nomes de pessoas.
Acreditamos que através de situações concretas, que não são as vossas, poderão descobrir muitas semelhanças. Afinal somos todos filhos de Deus, criados para a santidade, mas com dificuldade em nos libertarmos de algum egoísmo pessoal e colectivo.
Identificando com humildade o que a cada um se ajustar, esta reflexão poderá ajudar à edificação e crescimento das comunidades paroquiais a que cada um pertence.

  1. A Igreja de Cristo tem um único Fundador: Nosso Senhor Jesus Cristo! Ele é a única cabeça da sua Igreja. E nós temos o privilégio de ser membros da sua Igreja. Pedras mais vivas ou menos vivas, pobres pecadores, mas bem-aventurados com a graça de pertencer ao povo eleito.
  2. Esta Igreja fundou-a Cristo em quatro momentos fundamentais que caracterizam a própria Igreja: ao lavar os pés aos discípulos, dando o exemplo do serviço e da disponibilidade; ao instituir a Eucaristia, tornando-Se presente até ao fim dos tempos, Ele que conhecia bem a nossa necessidade de ver algo, de sentir, para acreditar; antes de subir para o Pai, ao dar a sua última ordem «Ide e anunciai a Boa Notícia a todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo»; e, por último ao enviar o Espírito Santo para estabelecer a unidade e abrir o conhecimento e o coração dos homens, fomentando e fortalecendo a expressão humana da Igreja de Cristo.
  3. Mas, pergunto eu, se alguns de nós, cristãos, católicos, leigos, baptizados, se perdessem no mar e ficassem numa ilha perdidos. Se aí estabelecessem uma comunidade e, ao longo de gerações baptizassem os seus filhos – porque qualquer um de nós tem capacidade, poder e mesmo obrigação de o fazer – ensinando-lhes as verdades da nossa fé. A eucaristia e o perdão sacramental dos pecados não poderia ter lugar. Então que dizer dessa gente? Seriam cristãos? Seriam Igreja?
  4. Além dos quatro momentos já citados da fundação da Igreja, há um outro. Anterior àqueles e, como ides ver, não menos importante: «Onde dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles». É isso que realmente faz Igreja: a reunião dos fiéis em nome de Jesus Cristo! Porque se, mesmo durante a celebração da Eucaristia, cada um estiver a pensar em defender os seus interesses pessoais, em lixar o outro que o tramou antes a ele, então eu não sei em que medida podemos falar de Igreja.
  5. A Igreja é também obra da Criação. Jesus veio completar a Lei antiga e penso que ao fundar a Igreja, ao dar continuação ao Resto de Israel, completou também a Criação.
  6. A meta da nossa vida em comunidade paroquial, em Igreja, é mesmo “sermos Igreja”. Termos presente que é Jesus Cristo que está no meio de nós e deixarmo-Lo agir.
  7. A acção do Espírito Santo é fazer a comunhão entre os fiéis, estabelecer uma sã comunicação entre os fiéis, é fazer crescer dentro de cada um de nós o amor pelos irmãos. E o amor começa por ser respeito, delicadeza, gentileza, mesmo nos factos mais simples. Como é possível amar alguém, dar a vida por alguém, quando nem o lugar no autocarro ou no banco da Igreja se é capaz de dar a esse alguém? Quando há Igreja existe unidade, respeito pela dignidade de cada um. Quem ama respeita, é capaz de pedir perdão quando erra, nunca vira a cara. Quem julga que tem sempre razão, que nunca se engana, que não tem desculpas nem explicações a apresentar – na realidade essa pessoa, no seu íntimo, está convencida que é tão santa quanto o próprio Deus e não está a fazer Igreja, mas está a dividir: está a remar contra a acção do Espírito Santo.
  8. Eu tinha vontade de apontar o dedo a factos da nossa vida paroquial que na minha opinião não contribuem para a unidade, antes pelo contrário. Mas, eu não sou mais esperto, nem mais inteligente que vós, nem sou juiz de ninguém além de mim próprio. O que eu vejo, qualquer um vê. Mas faço um convite a todos – eu incluído, claro – para a seguinte reflexão interior: Na minha atitude no Conselho Pastoral, no meu grupo, na nossa comunidade paroquial, afinal estou a defender os meus pontos de vista, ou os pontos de vista do meu grupo, ou a colaborar para todos em conjunto participarmos da obra da Criação e da construção da Igreja, pensando no que é mais útil à comunidade? Estou a ser advogado de mim próprio, ou estou a ser advogado dos mais desfavorecidos, mesmo que seja contra os meus interesses?
  9. Não devo, contudo, deixar de referir que a vida em comunidade só é possível quando cada um respeita todos e outros e cada um dos outros. Isto todos nós sabemos. Isto todos nós afirmamos. Isto todos nós dizemos que cumprimos. Mas, por vezes, mesmo sem nos apercebermos, tratamos os outros como se, porventura, fossem menos importantes que nós. E quero dar um exemplo.
  10. Este Conselho é o órgão pastoral mais importante da Paróquia. Juntamente com o Pároco, claro. Assim, é, do meu ponto de vista, inadmissível que algum conselheiro faça a opção de faltar ao Conselho para estar presente em actividades do grupo que representa aqui no Conselho. E isto acontece com bastante frequência.
  11. Da mesma forma, deliberadamente não respeitarmos o que for decidido pelo Conselho e ratificado pelo Pároco (desde que não seja nenhuma heresia) é também grave atentado à comunhão eclesial.
  12. Igreja é isto. Cristo não quis impingir um modelo de Deus a ninguém para além de um Ser que ama continuamente. Ele disse: façam como eu. Não pediu para si a melhor iguaria, mas aceitou o cálice que o Pai Lhe tinha destinado. Nós, ao contrário, quando estamos convencidos que temos razão, mesmo na coisa mais insignificante, somos capaz de ir às últimas consequências. Ensinamos e apregoamos que somos capazes de morrer pelo nome de Deus e rezamos a pedir o perdão, da mesma maneira que perdoamos a quem nos tem ofendido, mas não deixamos passar a menor ofensa sem responder à letra, sem nos pagarmos.
  13. E no dia-a-dia é a mesma coisa. Ouvimos dizer na rádio para poupar a água durante dois ou três dias porque houve uma avaria no sistema. E corremos logo todos a encher tachos e banheiras: os outros que se lixem, eu não posso ficar sem água. Porque, afinal, os outros certamente estão a fazer a mesma coisa, pensamos...
  14. Eu próprio, ainda há uma semana estive para bater, mais ou menos deliberadamente, num membro deste Conselho, porque ele me ofendeu. Na minha opinião gravemente. Deus – quem sabe se por causa da oração de alguém que sabia o que eu ia fazer – trocou-me as voltas. Também não sou santo, como gostava. Sou de certeza muito mais pecador do que desejava ser.
  15. Não vale a pena estarmos aqui se não tivermos como primeiro propósito servir os outros.
  16. E mostrarmos uns aos outros e cada um a si mesmo que estamos aqui em nome de Jesus. Não chega os elementos do Conselho Pastoral encontrarem-se três vezes por ano, nessa condição discutir umas ideias, se a procissão é no dia 17 ou no dia 24, e pouco mais. Este Conselho como núcleo paroquial tem que ser exemplo. Convém comermos algumas refeições juntos. Convém ainda mais termos alguns momentos de oração juntos. Para além da Eucaristia dominical. E sem a exigência de um dia ou de um fim de semana de retiro. Aumentar, de vez em quando, duas horas ao Conselho: uma para jantar ou almoçar, outra para rezar. Comunitariamente. Não faz muito sentido o senhor prior vir aqui dizer que não estavam muitos membros do Conselho na Abertura do Ano Pastoral – eu próprio também não estive – , mas que não faz mal, o que interessa é que o ano está a arrancar bem. Eu não acredito que o que começa mal comece bem. Se já está marcado o encerramento do ano pastoral, então que se providencie, nós todos em conjunto, o que se vai fazer, como se vai fazer, e assumamos as nossas responsabilidades. E tenhamos a humildade de não andar à procura dos que não foram, porque a realidade de cada um é muitas vezes uma história entre ele e Deus. Esforcemo-nos cada um por dar o melhor de si e de desculpar os que não puderem dar assim tanto.
  17. Volto a repetir o que venho dizendo há muito tempo. Há muitas crianças no nosso espaço paroquial que não vêem à catequese porque ninguém vai lá á casa falar da catequese de Jesus. Por favor, irmãos, isto é demasiado importante para que alguém o possa ouvir e fazer como se não tivesse ouvido. Se gostamos de saborear o conhecimento da vida na Igreja de Jesus, não temos o direito de ser egoístas e de guardar isso só para nós, temos que partilhar com os outros, ir buscar essas crianças e trazê-las para que também elas gozem da alegria da vida nos sacramentos da Igreja.
  18. Continuo a pensar que há um grande desconhecimento da realidade da nossa comunidade paroquial. Desconhecemos o que os outros grupos fazem. Desconhecemos os Estatutos deste Conselho, o que é, ou quem é o Secretariado Permanente, ou o Conselho Económico, quais são os órgãos do Centro Social. Em tempos propus a actualização dos Estatutos deste Conselho. Decidiu-se que o Secretariado permanente ia tratar disso. Claro, que não tratou. Não faz sentido ter uns Estatutos que a maior parte desconhece e que acabam por não ser cumpridos.
  19. Não podemos vir para aqui discutir o sexo dos anjos. Acredito que se estamos aqui é o próprio Espírito Santo que nos convoca, mas para trabalhar.
  20. Acreditem, ou não, no diabo, a verdade é que ele acha muito mais interessante atacar e dividir numa paróquia como a nossa que numa paróquia em que há apenas um grupo de 3 ou 4 pessoas a colaborarem com o pároco que vai lá quando calha. Porque na nossa Paróquia há divisão para fazer, há maledicência para provocar. Por somos uma Paróquia estruturada, com muitas pessoas a intervir. Vale a pena ao diabo investir em dividir e provocar mal estar. Por isso, temos que ter maior cuidado a preservar aquilo que temos em cuidar de um espaço apropriado para o Espírito Santo viver e reinar na nossa Igreja.
  21. Vou concluir. Proponho que Jesus Cristo seja sempre o primeiro em cada um dos nossos grupos. Proponho que em vez de responderem já: mas Jesus Cristo é já o primeiro no meu grupo, que façam uma reflexão sobre isto. Proponho aos nossos presbíteros, especialmente ao nosso pároco que se empenhe com a maior determinação na unidade (que é expressão da presença do Espírito Santo) paroquial. Não esquecendo a Eucaristia. Os paroquianos têm que convergir nas nossas missas e não nas das paróquias vizinhas, ou em nenhuma paróquia. Vamos empenharmos na programação que fizermos em levar um conhecimento mais profundo do Senhor, em primeiro lugar a nós próprios, em segundo lugar aos que já participam mais ou menos activamente na vida paroquial e depois, mas não menos importante, pelo contrário, aos que estão esfomeados da Palavra, dos Sacramentos e do nome do Pai do Filho e do Espírito Santo.

 

Continuação da exposição apresentada em Conselho Pastoral em Julho de 2003

Orlando de Carvalho




quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Reflexão sobre o Conselho Pastoral Paroquial como órgão de corresponsabilidade na Paróquia (I)



 

1º Capítulo



Fundamento canónico


Código Direito Canónico

Pároco pastor
515-§1. A paróquia é uma certa comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, cuja cura pastoral. Sob a autoridade do Bispo diocesano, está confiada ao pároco, como seu pastor próprio.

Deveres do pároco
528-§1. O pároco está obrigado a providenciar para que a palavra de Deus seja integralmente anunciada a todos os que residem na paróquia; por isso, esforce-se por que os fiéis leigos sejam instruídos nas verdades da fé, sobretudo pela homilia que se deve fazer todos os domingos e festas de preceito, e pela instrução catequética, e fomente as actividades pelas quais se promova o espírito evangélico, mesmo no respeitante à justiça social; dê peculiar atenção à educação católica das crianças e dos jovens; esforce-se sumamente por que, associando a si também o trabalho dos fiéis, a mensagem evangélica chegue igualmente àqueles que se tiverem afastado da prática da religião ou que não professem a verdadeira fé.
§2. Vele o pároco por que a santíssima Eucaristia seja o centro da assembleia paroquial dos fiéis; trabalhe para que os fiéis se alimentem pela devota celebração dos sacramentos e que de modo especial se aproximem com frequência dos sacramentos da santíssima Eucaristia e da penitência; esforce-se de igual modo ainda por que os mesmos sejam levados a praticar a oração em família, e tomem parte consciente e activa na sagrada liturgia, que o pároco, sob autoridade do Bispo diocesano, deve orientar na sua paróquia, e na qual está obrigado a vigiar para que se não introduzam abusos subrepticiamente.

Conselho Pastoral
536-§1. Se, a juízo do Bispo diocesano, ouvido o conselho presbiteral, for oportuno, constitua-se em cada paróquia o conselho pastoral, presidido pelo pároco, e no qual os fiéis, juntamente com aqueles que por força do ofício participam no cuidado pastoral da paróquia, prestem a sua ajuda na promoção da acção pastoral.
§2. O conselho pastoral tem apenas voto consultivo, e rege-se pelas normas estabelecidas pelo Bispo diocesano.




2º Capítulo

Algumas paróquias pioneiras


Paróquia do Campo Grande
(da internet)

CONSELHO PASTORAL
É um órgão instituído de acordo com o Cân. 536 do Código de Direito Canónico, destinado a prestar apoio ao Pároco na promoção da acção pastoral.
É presidido pelo Padre Vítor Feytor Pinto e constituído pelos paroquianos representantes de todos os movimentos da Paróquia.
A fim de garantir a assistência permanente à vida paroquial em colaboração estreita com o Pároco, foi constituído um Secretariado Permanente, formado por cinco membros do Conselho e com reuniões periódicas quinzenais.
O Conselho reúne em plenário pelo menos três vezes em cada ano de actividade. Das reuniões são elaboradas Actas.



Paróquia de São José – Coimbra

Os membros do CPP vêm na internet

Conselho Pastoral Paroquial
1967 - 1968
No ano de 1967, a Paróquia de S. José, tendo por Pároco o Pe. Aníbal Pacheco e com a colaboração de Pe. Saúde, ensaiou o Conselho Pastoral. Está registada a 1ª Reunião em 23 de Janeiro de 1968 e a segunda em 13 de Fevereiro de 1968.
1975 (Outono)
Realiza-se uma primeira Assembleia Paroquial presidida pelo Dr. José Manuel Cardoso da Costa.
1976 (Março) - 1979
Reiniciava-se com carácter contínuo a actividade do Conselho Pastoral constituído sensivelmente nos moldes actuais, tendo como comissão dinamizadora, Henriqueta Proença (Secretária), Leodete Santiago, Manuel Santiago, José Ferreira e Pedroso de Lima. Ininterruptamente e em oito mandatos consecutivos, com o Pároco a presidir, segue a constituição do vários mandatos.


Paróquia de Santa Maria de Âncora – Viana do Castelo

Estatutos de 1993 publicados na internet

Paróquia de São Miguel de Travassô – Aveiro

Reuniões de Planeamento, conjuntas entre o CPP e o Conselho Económico

3º Capítulo

Reflexão sobre a corresponsabilidade do Conselho Pastoral Paroquial


  1. O Pároco sente necessidade de um Conselho Pastoral para colaborar com ele na condução da Paróquia ou acha que ele, Pároco, é suficiente?
  2. Os paroquianos sentem necessidade e utilidade na existência de um Conselho Paroquial para colaborarem estreitamente com o Pároco na condução da Paróquia, ou acham que isso é para o Pároco? Acham que são ouvidos através do Conselho Pastoral ou acham que é indiferente existir ou não o Conselho Pastoral?
  3. O Conselho Pastoral é entidade canónica erigida pelo Bispo, com estatuto próprio ou é um grupo de paroquianos que se juntam para conversar sobre alguns assuntos da Paróquia?
  4. Os estatutos aprovados pelo Bispo são cumpridos, com a maleabilidade aconselhada pelo bom senso, ou são gratuita e sistematicamente transgredidos?
  5. O Conselho Pastoral reúne-se, enquanto órgão canónico que necessita de ser apoiado pelo Espírito Santo, em torno da mesa da Eucaristia, ou os seus membros encontram-se, por acaso, se acontece irem à mesma missa?
  6. O Conselho Pastoral debate temas de importância pastoral, organizando-se em grupos de trabalho, quando necessário, ou trata de ajustes de datas e outros, que não poderão nunca ser tratados em reunião com elevado número de pessoas?
  7. Os paroquianos sentem-se representados nos membros do Conselho Pastoral?
  8. O Conselho Pastoral sente-se representado nos membros do Secretariado Permanente?
  9. Os representantes dos grupos e sectores no Conselho Pastoral fazem a ponte com os seus representados?
  10. Os membros do Secretariado Permanente fazem a ponte com os seus representados?
  11. As reuniões do Conselho Pastoral são conduzidas com eficácia, com uma boa gestão de Agenda, de inscrição de oradores, de tempos de intervenção? No final há votações para o Pároco saber qual é o sentir do Conselho Pastoral, enquanto órgão consultivo, ou o Pároco nem chega a saber a opinião do Conselho Pastoral, pois metade dos seus membros não faz intervenções?
  12. Como são as relações do Conselho Pastoral com o Conselho Económico e com a Direcção do Centro Paroquial? Há diálogo?
  13. O Pároco e os paroquianos estão dispostos a mostrar por atitudes que o Conselho Pastoral é viável, como forma séria e honesta de conduzir, em atitude de corresponsabilidade a Paróquia?
  14. Por que razão não são afastados ou substituídos os membros do Conselho Pastoral que sistematicamente faltam e que menosprezam a importância deste órgão canónico?
  15. Seria válido o Secretariado Permanente ou um grupo de trabalho preparar uma proposta para o ano pastoral seguinte a ser debatida em Conselho Pastoral. Ao contrário, o assunto, sem ser preparado, é levantado no Conselho e depois remetido para o Secretariado Permanente redigir como achar melhor. Quer dizer, o principal, nem sequer é normalmente debatido. Com se celebram anos especiais? Como se vão articular as acções entre os vários grupos e sectores? Estas coisas devem ser previamente preparadas e depois distribuídas aos conselheiros, para no Conselho saberem já do que vão falar, tendo já reflectido nos assuntos, apoiados pela documentação que lhes foi fornecida. É assim que tem de funcionar um órgão deste tipo.
  16. Por vezes verifica-se a existência de “sensibilidades” no Conselho. Quando uma pessoa se levanta para falar, já há quem, sendo doutra sensibilidade, esteja a preparar a resposta, mesmo sem ter ouvido. Em Igreja, entre nós pequeninos e simples paroquianos, a atitude não pode ser essa. Escuta fraterna, correcção fraterna, diálogo fraterno, sempre abertos à acção do Espírito Santo.
  17. Quando se sabe que vai haver um evento diocesano ou mundial para o ano seguinte. Que acções de evangelização novas são desenvolvidas pela Paróquia? Que acções concertadas entre grupos e sectores diferentes, num gesto de comunhão? Quantos, mesmo entre os paroquianos empenhados sabem que a nova evangelização devia presidir às actividades pastorais? Que acções se desenvolvem a nível global da Paróquia, de concertação entre grupos e sectores para o estudo e aprofundamento da Palavra?
  18. Quando não se está no caminho correcto nem se arrepia caminho a Paróquia começa a decair. Alguns grupos vão-se extinguindo, sem darem lugar a novos. O material humano vai sendo desaproveitado. Como conseguir que as pessoas que ainda vão à missas, se mantenham? Que não continuem a desaparecer? Como manter catequese com catequistas e crianças e adolescentes, quando parecem ser cada vez menos?

Exposição apresentada em Conselho Pastoral em Julho de 2003, por Orlando de Carvalho