domingo, 15 de abril de 2018

Medo da morte e do Inferno


Quem não tem medo da morte? Do desconhecido que ela representa? Medo de que tudo acabe no momento da morte, medo de que haja algo mais após a morte, medo de que seja um momento de pesagem do bem e do mal que fizemos nesta vida.
Pessoas vivem aterrorizadas com pavor do fim, do fim das suas vidas, do fim do mundo, da morte, do sofrimento que poderá vir depois da morte.
Para o cristão, esta reflexão pode tornar-se numa tragédia tão grande que a única solução seja rejeitar qualquer ideia de Inferno, pois a existir seria sempre uma hipótese, mas fatal.
Como poderemos afastar de nós pensamentos e sonhos perturbadores que impedem alguma hipótese de descanso? Onde encontrar um tranquilizante para que nos traga algum sossego?
Há relatos e conselhos na Bíblia que deviam sossegar-nos, mas como acalmar quem vive em permanente desassossego?
Se acreditas em Jesus e na Boa Nova que Ele veio trazer, pacifica o teu coração com as palavras que deixou o Apóstolo São João, na sua primeira Carta. Daí recebemos tudo o que precisamos saber em relação aos grandes problemas escatológicos.
Se pecámos… Não tem que ser o fim do mundo… São João aponta o advogado que nos pode salvar.
Se alguém pecou, mesmo sem ter ouvido falar de Deus… São João indica a solução.
Não é magia, não é provavelmente solução para toda a malvadez, mas é uma receita simples e fácil de preparar. Escutemos:

Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai. Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro. E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-lO e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito. (1 Jo 2, 1-5a)

Afinal, trata-se de guardar a Palavra de Deus, o ensinamento de Jesus. Não se trata de não pecar nunca, porque isso não seria provavelmente possível. Mas se existe a intenção de guardar os mandamentos dAquele que age como nosso advogado e que se entregou como vítima pelos nossos pecados, então fiquemos serenos, porque tudo vai acabar em bem.

Orlando de Carvalho

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